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segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Locomoção no Ar



Vôo nos animais

O vôo é a ação de voar, aerodinamicamente, utilizando sustentação, ou aeroestaticamente, utilizando  flutualidade. A locomoção aérea evoluiu entre os animais de dois modos, o vôo real e o vôo planado.Animais voadores e planadores evoluíram separadamente, sem um ancestral comum. O vôo planado, em particular, evoluiu principalmente entre os animais das florestas tropicais da Ásia (mais especificamente em Bornéu) onde as árvores são altas e bem espaçadas. Não por acaso, um ambiente que favorece esse tipo de locomoção.

Vantagens do vôo                   

Acesso a alimentos no ar (insetos voadores), flores e frutos na copa de árvores ou alimento localizado de cima (roedores e peixes); Maior eficiência e rapidez na procura de alimento e abrigo; Escape de predadores; Migração; Dispersão a longa distância ou através de barreiras geográficas.

Requisitos para se voar

Gerar com seus músculos ou a partir do ambiente uma força ascendente tal que contrabalanceie a força da gravidade; Reduzir a resistência do meio, principalmente vôos longos e rápidos; Gerar força de impulso em várias velocidades e às vezes em espaços limitados; Conservar a estabilidade, manobrar, frear e aterrissar de acordo com as necessidades; Produção de força por um organismo reduzido; Firmeza do tronco; Produção e utilização eficiente da potência.
O vôo das aves
O vôo das aves é um dos fenômenos mais incríveis do reino animal. Apesar de outros animais como os insetos e morcegos voarem eficientemente, nenhum realmente conta com a complexidade e variedade dos mecanismos de vôo das aves. A distribuição extensa das aves e a incrível diversidade de seus estilos de vida vêm da sua habilidade de voar.
As aves voam tipicamente de duas formas - batendo as asas, e planando. As duas formas dependem da forma e estrutura únicas da asa da ave.
O vôo de bater as asas é extremamente complexo. Quando uma ave bate sua asa para baixo, ela produz um impulso para frente das penas de vôo; este impulso gera a decolagem, graças a forma aerofólio da asa que força o ar de baixo para cima.
As aves não são os únicos animais que voam (insetos e morcegos também sabem voar), mas, sem a menor sombra de dúvida, são as melhores. Isto porque as principais adaptações das aves estão relacionadas ao vôo: conseguiram reduzir o peso (penas leves, perda de dentes e mandíbulas, redução de ossos por fusão, ossos ocos preenchidos com ar - os chamados ossos pneumáticos, quilha ou esterno - osso situado no meio do peito muito desenvolvido para segurar os potentes músculos das asas e com formato aerodinâmico que ajuda a cortar o ar durante o vôo, oviparidade - as fêmeas não ficam mais pesadas durante a gestação, sacos aéreos, digestão rápida e eficiente) e aumentaram a energia metabólica (homeotermia, plumagem isolante, digestão rápida e eficiente, sacos aéreos que ajudam a respiração e a dissipação de calor, coração grande e circulação sanguínea rápida).

Outros animais com capacidade de vôo
Dotadas de asas, as aves conseguem sair da terra firme para o ar sem muito esforço, com a ajuda de um esqueleto oco, poderosos músculos nas asas e órgãos diferenciados. Planam, dão vôos rasantes, rodopiam, se alimentam e fazem amor no ar. Alguns insetos também têm essa poderosa ferramenta para alçar vôo, e o fazem com maestria, graças a Asas membrana leves e impermeáveis e os morcegos que possuem membrana abr-> prega da pele que liga os ossos alongadas dos dedos da mão aos lados do corpo, aos membros posteriores e a cauda.

Mas há alguns animais que conseguem, senão voar para o alto, planar, saltar e se movimentar de uma árvore para a outra, ignorando a presença do chão – e dos predadores que nele vivem. Em vez de asas, esses bichos possuem, em sua maioria, membranas ou peles que, esticadas, aumentam sua resistência no ar, o que os possibilita planar e escolher onde pousar com total segurança.

Animais planadores:

Esquilo voador
O conhecido dentre os animais capazes de planar, são encontrados em várias partes do mundo, desde o Ártico até as florestas tropicais do Sudeste Asiático. Para planar eles esticam as membranas existentes entre os membros superiores e inferiores e usam a cauda como estabilizador, podendo “voar” por mais de 200 metros.



Colugo (Lêmur voador)

Encontrados no Sudeste da Ásia eles são provavelmente os mamíferos mais adaptados ao vôo planado, com as maiores membranas geometricamente possíveis, que faz com que ele voe por mais de 70 metros com perda de altura mínima.

 

Peixe voador

A maioria das espécies de peixes voadores são marinhos.Existem espécies de duas e quatro “asas” que, na verdade, são suas barbatanas de tamanho exagerado. Os vôos variam entre 30 e 50 metros, mas alguns já foram observados voando po centenas de metros utilizando as cristas das ondas. Eles podem fazer vôos em série afundando a cauda na água para criar impulso. Uma espécie em particular, Exocoetus, é considerada um elo evolucionário entre o vôo planado e o vôo verdadeiro, chegando inclusive a bater suas “asas” durante o vôo.

Hatchetfish (Peixe voador de água doce)

À primeira vista, o que mais chama a atenção neste peixe, que vive desde o Panamá até a América do Sul, é o seu peito muito grande. Suas grandes barbatanas peitorais estão associadas a músculos muito poderosos, o que o torna o único peixe tecnicamente capacitado para vôo real (não planado), mas ainda não se sabe ao certo até que ponto o peixe usa essa capacidade. Seus vôos cobrem apenas alguns metros em linha reta, para escapar de predadores.Quem os cria, deve manter sempre o aquário bem fechado para evitar fugas espetaculares.

Sapo voador

Por viver em árvores altas, a evolução também se encarregou de dar alguns equipamentos extras a algumas espécies de sapo.Com membranas entre os dedos das “mãos” e dos “pés” e flaps feitos de pele distribuídos em algumas partes do corpo, estes sapos estão completamente adaptados ao meio em que vivem, podendo voar com segurança de uma árvore para outra como, por exemplo, uma espécie de sapo da China, conhecida por seus vôos acrobáticos.

Lagarto voador


Também do Sudeste Asiático, este lagarto vive em árvores altas mas fazem seus ninhos no chão. A membrana que possibilita o vôo desse lagarto forma um curioso semi-círculo que, em conjunto com os flaps de suas pernas, pés, corpo e cabeça faz com que seu vôo alcance até 100 metros, mas normalmente tendem a ficar entre os 20 e 30, metros que é o suficiente para voar de uma árvore para outra fugindo de predadores.


Cobra voadora

Encontrada no Sudeste Asiático, Ilhas Melanésias e Índia. Seu mecanismo de vôo consiste em achatar o corpo, ficando duas vezes mais larga, assim, aumentando sua área de contato com o ar. Elas demonstram um tipo de controle do vôo como se estivessem rastejando no ar.

Dragão-voador (Draco volans)
 Ele é oriundo do sudeste da Ásia e salta de árvore em árvore, a distâncias de cerca de 10 metros. Este lagarto tem uma membrana nas laterais do corpo, das patas dianteiras às traseiras, formando uma imagem arredondada, como se fosse um guarda-chuva, ou um para-quedas.

Rã-voadora (Rhacophorus nigropalmatus)
Mais um animal que tem membranas interdigitais e, com elas, consegue planar de uma árvore a outra. Essa rã vive no sudeste da Ásia e se estica o máximo que pode dar seus pulos: estica membros e estica os dedos, para aumentar a área das membranas.

Bibliografia:


Fonte: www.klickeducacao.com.br
Fonte: www.numaboa.com
Fonte: cienciahoje.uol.com.br

HICKMAN, Cleveland Jr.ROBERTS, Iarry S. LARSOW, Allan. Princípios Integrados de Zoologia 11ª ed. Editora Guanabara/Koog.S.A.RJ,2004.

ROBERTT.Orr. Biologia dos Invertebrados. 5ªed.editora roca ltda.

STORER, Tracy. USINGER, Robert L. STEBBINS, Robert C.NYBAKKEN, James W. Zoologia Geral. 6ªed. Companhia editora Nacional
 

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